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Metadados
Nome do artista
Ano de produção
1975
Medidas
40,5 x 32 cm
Suporte Utilizado
Técnica utilizada
Biografia
Cicero dos Santos Dias, pintor, gravador, desenhista, ilustrador, cenógrafo e professor, nascido em Escada, interior de Pernambuco, em 1907, inicia os estudos de desenho em sua terra natal. Muda-se para o Rio de Janeiro e em 1925 matricula-se nos cursos de arquitetura e pintura da Escola Nacional de Belas Artes, mas não os conclui. Liga-se aos intelectuais do movimento regionalista de 1926, em Recife, em resposta à Semana de Arte Moderna de 22, ocorrida em São Paulo. Sua obra relaciona-se com o surrealismo e com o imaginário fantástico nordestino, em que mitos e fábulas estão presentes nas manifestações artísticas e na literatura de cordel. Expõe o polêmico painel Eu Vi o Mundo... Ele Começava no Recife, no Salão Revolucionário, em 1931. Com cerca de 15 metros de comprimento e produzida em papel kraft, a obra apresenta uma série de pequenas cenas, românticas e eróticas, causando tanto furor que é censurada e tem uma parte cortada (restaurada mais tarde em Paris). Esse painel é considerado a obra-prima de Cicero Dias. Em 1933, ilustra o livro Casa Grande & Senzala, do sociólogo Gilberto Freyre, de quem é amigo. Em 1937, é preso no Recife quando da decretação do Estado Novo, por sua simpatia pelo Partido Comunista. Perseguido, Cicero Dias viaja para Paris, onde passa a ter contato com pintores franceses como Henri Matisse e Pablo Picasso. Pinta, em 1948, os primeiros murais abstratos da América Latina, para o Conselho Econômico do Estado de Pernambuco. Volta com maior intensidade à pintura figurativa na década de 1960. Recebe do governo francês a Ordem Nacional do Mérito da França, em 1998, aos 91 anos. Morre em Paris, em 2003.