NOTAS #03

Do habitar a casa e-em suas fragilidades.

 

 

 

 

Glayson e convidados.

Vídeo de processo contínuo realizado na quarentena.

Caixa-casa trata-se de uma ação realizada em maio de 2020 com um objeto produzido precariamente com uma caixa de papelão, destas utilizadas para carregar as compras semanais do mercado. Para construir este objeto, desfiz a caixa de papelão e depois remontei sua estrutura com o uso de fita crepe, de modo que ela se assemelha-se ao formato idealizado da casa (através da junção de duas formas geométricas básicas: o quadrado e o triangulo).

No vídeo, cinco pessoas, incluindo eu, lidam com este objeto de papelão previamente construído. Elas vestem o objeto na cabeça passando a experimentar, mesmo que numa operação estritamente rápida, algo das sensações inerentes ao momento de isolamento a que estamos submetidos. O objeto acoplado a cabeça aciona possibilidades para descobertas (entre elas a de que somos a casa que habitamos; na fragilidade e na potência de nosso próprio ser no mundo, ideias, sensações, anseios, duvidas, felicidades, tristezas, fluidos e pensamentos).

Casa/Caixa; objeto vestido/experimentado/usado na cabeça é vídeo em construção e uma tentativa de ativar algo de uma “imersão em si” e da possibilidade da abertura de portas e janelas para novas formas de ser e existir.

Casa-Caixa. Vídeo. 1º edição. Maio 2020.
Participam: Andrea, Glayson, Kárita, Felipe e Aurora.